Quando comecei a trabalhar com “Offshore” não se ouvia falar muito sobre o assunto, mas logo percebi que esse mercado representava uma oportunidade para mudar de vida e realizar aquele que é o sonho de muita gente: trabalhar e viajar ao mesmo tempo. Isso foi o que mais me fascinou.
Outra vantagem estava no retorno financeiro. Vejo excelentes vendedores de produtos bancários, principalmente, na área de investimento, ganhando um salário que não condiz com sua capacidade e seu real valor. Muitos acabam vendendo seus sonhos e, ao final, não conseguem desenvolver um propósito de vida. Com isso, vem o desânimo e o consultor acaba ficando desmotivado.
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MERCADO OFFSHORE
Comecei a trabalhar em uma grande companhia offshore há 13 anos e me encantei com a remuneração, plano de carreira e a possibilidade de oferecer uma carteira diversificada para os clientes. As companhias da área trabalham com os maiores gerentes de fundos do mundo, entre eles, Morgan Stanley, Blackrock e Franklin Templeton. (leia o texto: Conta Offshore, Saiba como ela pode salvar a sua vida.) Considerando que a possibilidade de remuneração pode ser até dez vezes maior, então, comecei a questionar: por que profissionais bem sucedidos na área de vendas não trabalham com produtos offshore?
Levanto algumas hipóteses com base na minha experiência de trabalho nesse mercado por mais de uma década:
1) MEDO
O Brasil é um país de economia instável e a maior parte da população não consegue viver sem salário fixo (“segurança”). Isso acontece principalmente por uma questão cultural. Já nos Estados Unidos a mentalidade é outra. A maioria dos consultores financeiros trabalha de forma autônoma ganhando salários estratosféricos, sem nenhuma “segurança” ou “garantia”. Os americanos se perguntam: para que garantias se nesse modelo eu posso ganhar bem mais? Empresários e criadores de fortunas não querem saber de emprego público, muito menos de salário fixo. Nas maiores economias do mundo, o modelo “patriarcal” brasileiro está ultrapassado. Além disso, quando os rendimentos são altos, a famosa “segurança” é uma consequência e o principal é que bons investimentos podem ser suficientes para garantir sua aposentadoria de forma ANTECIPADA.
Desde que vim morar em New York passei a me adaptar e a concordar com esse modelo de trabalho que representa o futuro. Se você conhece sua capacidade de vendas e o produto é bom, POR QUE TER MEDO?O que ocorre é que o brasileiro arrisca muito pouco e isso cria uma certa limitação profissional, pois a maioria quer seguir o fluxo e continuar trabalhando em instituições populares em troca de salários injustos se comparados aos enormes lucros bancários. O que eles não percebem é o desperdício de TEMPO e DINHEIRO que isso representa. Temos que quebrar essa cultura do medo e nadar em águas desconhecidas, afinal, só assim descobriremos os verdadeiros tesouros da vida.
¨Para sair da gaiola você precisa apreender a voar¨.
2) LEGALIDADE
Existe um grande MITO que deve-se, principalmente, ao histórico corrupto do Brasil, um país em que muitos políticos já utilizaram as “vantagens fiscais” do mercado offshore para lavar o dinheiro público. Não existe NADA ilegal nessas operações. A ilegalidade está na falta de declaração de imposto de renda, ou seja, clientes que não reportam nem os valores nem os rendimentos aplicados nas suas contas internacionais em seus respectivos impostos, mas fiscalizá-los não é uma função do consultor e sim da Receita Federal. É necessário que o consultor explique todos esses passos para que o cliente não alegue falta de informação. As operações efetuadas nas jurisdições offshore, desde que realizadas dentro das regras do direito internacional são perfeitamente LÍCITAS. O próprio direito internacional reconhece a soberania dos países para legislar. A ilegalidade está em não declarar os rendimentos aferidos por esse mercado.
3) AUTOMOTIVAÇÃO
A capacidade de motivar a si próprio, sem precisar de um chefe que fique ligando e cobrando metas. No mercado offshore, você tem treinamento, acompanhamento e coach. Porém, o consultor trabalha e faz suas visitas sozinho, não existe uma cobrança institucional, apenas premiações que servem de incentivo a quem bate metas, como viagens e participações nas convenções mundiais da empresa.
4) LÍNGUA
Esse é um dos fatores que assustam, principalmente quem não fala Inglês. O que a maioria não sabe é que já existem companhias que trabalham com todo o material em PORTUGUÊS, “coach” brasileiro e setores administrativos totalmente voltados para o país.
5) CONFIANÇA
Ainda existe aquele MITO… E SE a empresa quebrar? E SE meu cliente perder todo o dinheiro investido? Atualmente, as empresas sérias de offshore são monitoradas e passam pela fiscalização das maiores agências de rating do mercado mundial, como Standard & Poor’s e AM Best, tradicionais empresas de classificação de risco, com mais de 100 anos de atuação. As companhias que têm essas certificações são consideradas de baixo risco, ou seja, oferecem segurança tanto para o consultor quanto para o cliente.
Um outro ponto a se observar é que os valores são aplicados diretamente nos fundos de investimento e não na companhia que os administra. Sendo assim, o risco está na quebra do próprio fundo e não na instituição offshore. Por isso, é importante que o consultor analise se a companhia tem alguma das classificações listadas acima. Dessa forma, ele pode assegurar que a empresa é séria e fará um bom trabalho.
CONCLUSÃO
A cada ano, os investimentos “offshore” crescem mais e mais no Brasil. Isso significa um mercado CHEIO de oportunidades, principalmente quando o assunto é LUCRO. Segundo o Banco Central (BC), nos últimos quatro anos os brasileiros investiram US$ 20 bilhões em ações de companhias estrangeiras e títulos de renda fixa negociados no mercado internacional. Os dados indicam que no total, incluindo aplicações financeiras, imóveis, ativos, entre outros, o brasileiro saiu de US$280 bilhões para US$392 bilhões em 2013, um CRESCIMENTO de 40%. E essa tendência de expansão está sendo reforçada pela crise atual, que, de acordo com legisladores, pode durar cerca de 15 anos. Nesse contexto, o mercado offshore pode ser uma saída para DIVERSIFICAÇÃO de moeda em países com legislação segura e economia de primeiro mundo.
Obs.: Caso tenham um maior interesse sobre o tema, favor preencher o formulário abaixo. Sou consultora de investimentos, trabalho com abertura de contas internacionais e posso ajudar!
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